Rafael Araújo debate os desafios da personalização do ensino com Inteligência Artificial

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    Rafael Araújo debate os desafios da personalização do ensino com Inteligência Artificial

    O consultor sênior da tds.company e especialista em computação Rafael Araújo ministrou, na manhã desta quinta-feira (2), a palestra “InteligêncIA Educacional: Desafios e Caminhos para Educadores na era da IA e da Personalização do Ensino”, durante o 21º Congresso Internacional de Inovação na Educação. O evento é promovido pelo Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE e conta com o apoio do Sebrae-PE e do Senac Nacional. 

    Diante de uma plateia formada majoritariamente por educadores e gestores, Araújo destacou a importância do diálogo entre tecnologia e pedagogia. Ele apresentou exemplos práticos de como a Inteligência Artificial já tem transformado a educação em países como a Índia, citando o projeto de aprendizagem adaptativa no estado de Andra Pradexe, que atende mais de 325 mil estudantes. “As crianças aprendem 2.3 vezes mais rápido e o impacto é em todos os níveis, mas com destaque para os níveis mais baixos”, explicou, defendendo que a personalização apoiada por IA pode reduzir desigualdades.

    O palestrante recuperou a história da IA, desde Alan Turing até as aplicações atuais em plataformas como a Khan Academy, para contextualizar a evolução dessa tecnologia. Ressaltou, no entanto, que a forma de uso é determinante para seu impacto: “Se a inteligência artificial for usada como depósito de conhecimento, apenas para dar respostas prontas, corrigir mecanicamente ou resumir informações, estaremos diante de mais uma fórmula de educação bancária. […] Por outro lado, se colocarmos a IA a serviço do diálogo, da curiosidade, da problematização, ela se torna uma ferramenta poderosa”.

    Segundo Araújo, o grande desafio é transformar a IA em uma aliada da prática pedagógica, e não em um substituto do professor. “A gente pode, pela primeira vez, ter uma transformação positiva que nunca tivemos na história da educação. Entregar um tutor personalizado, 24 horas, 7 dias por semana, em qualquer lugar do mundo. Isso nunca foi possível, isso era ficção científica até três anos atrás”, afirmou.

    Ao final, o palestrante defendeu que educadores assumam protagonismo na adoção da IA. “Se as pessoas bem-intencionadas pararem para esperar, organizações criminosas e países que não seguem regras vão continuar desenvolvendo com a IA. A gente precisa correr os riscos. O que não podemos é deixar que a narrativa seja tocada pelas pessoas que querem fazer as más implementações”, alertou.

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