Abrindo o auditório principal nesta sexta-feira (3), terceiro e último dia do 21° Congresso Internacional de Inovação na Educação, Givanilson Soares, mestre em educação e professor da rede pública da cidade do Recife, colocou os congressistas para cantarem e dançarem, mostrando na prática como educar com ludicidade. Sob o tema “Educação em movimento: grandes ideias, novos caminhos”, o evento é uma iniciativa do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE e conta com o apoio do Sebrae-PE e do Departamento Nacional do Senac.
Na palestra “Educar com afeto e Wi-fi: a magia do lúdico na Era Digital”, o professor trouxe dados da Secretaria de Comunicação Social, que afirmam: entre 2015 e 2024, o acesso à internet entre crianças e adolescentes no Brasil aumentou 79%. Com essa realidade os professores, gestores e educadores precisam inovar, adotando estratégias que unam ludicidade, foco e diversão em sala de aula. Mas será que as telas podem ser aliadas nesse processo? Givanilson mostrou que sim, com cuidado e uso adequado: “as telas podem ser pontes para o aprendizado”.
Soares também abordou as vivências de colegas e as próprias ao ensinar em escolas da rede pública, mostrando exemplos de tecnologias assistivas que trazem criatividade para a classe. Uma das mencionadas foi o “ABC para crianças! Alfabeto!”, aplicativo em que o estudante identifica as letras que formam uma palavra e interage com elas. Outra foi o app “Ler e contar”, que apresenta atividades com o alfabeto completo e ilustrado de A-Z, trazendo diferentes sons dos fonemas, numerais, cores e jogos da memória. Além dos apps, o educador mostrou ferramentas e plataformas como a Suno que permite criar músicas, a Gamma que cria apresentações com ajuda de IA e o Kahoot, uma plataforma baseada em quizzes.
Com essas dicas, ele reforçou que hoje o educador precisa conectar o mundo virtual ao real, utilizando as telas para trabalhar o conteúdo e dinamizar a aula. Segundo Soares, os professores são craques em desenvolver soluções criativas e adotá-las em sala e é assim que o profissional marca a vida do aluno, promovendo sorrisos e o aprendizado ativo.
Ainda durante a palestra, o professor que também é escritor e compositor de músicas infantis, propôs uma atividade interativa para demonstrar ao público como a ludicidade pode ser posta em prática nas escolas. Ele ensinou passos de dança simples, incentivando a coordenação motora e o letramento ao som da canção “Borboletinha”. Foi um momento de diversão e conexão, em que os congressistas compreenderam como alfabetizar e letrar crianças a partir da inovação. “Quando pensamos em inovação parece que é algo mirabolante. Não, é simples, todo mundo pode fazer e deve!”, destacou Givanilson.
Encerrando a palestra ele trouxe mais uma reflexão potente. “Quando educação, tecnologia e afeto caminham juntos, aprender deixa de ter muros e passa a ter asas. Então, que possamos sempre ter asas para voar cada vez mais alto”, afirmou.
