Estudar um idioma pode turbinar o cérebro e prevenir Alzheimer

    PróximoAnterior
    Estudar um idioma pode turbinar o cérebro e prevenir Alzheimer

    Estudar um idioma pode turbinar o cérebro e prevenir Alzheimer

    Sabia que aprender um segundo idioma pode turbinar o cérebro? Quando estudamos uma língua estrangeira, estimulamos nossas funções cerebrais e desenvolvemos ainda mais as nossas habilidades. É como se estivéssemos em uma academia fazendo “musculação cerebral”. Pesquisas publicadas no Neurology – Jornal da Academia Americana de Neurologia –,  realizado pela Nizam’s Institute of Medical Sciences em Hyderabad, na India, apontam que este “exercício” contínuo pode até prevenir e retardar o Alzheimer e a demência.  

    Segundo a instrutora do curso de Inglês da unidade de Idiomas do Senac, Cristiane Prates, não há dúvidas de que “manter o cérebro funcionando” é muito importante para aumentar nossa capacidade cognitiva. “Quanto mais trabalhamos nosso cérebro, ficamos mais ávidos por aprender mais. Muitos dos nossos alunos de idiomas vêm nos procurar com o único propósito de dominar uma língua estrangeira, mas acabam descobrindo muito mais e se encantam com nossa metodologia e abordagem, porque percebem que vamos muito além do tradicional”, expõe.  

    A supervisora psicopedagógica do Senac Cassia Monteiro explica que estudar outro idioma ou uma segunda língua, é altamente benéfico ao processo cognitivo. “Contribui para a conexão entre as funções da linguagem, memória e habilidades de pensamento que são partes importantes do desenvolvimento humano”.   


    Ex-aluno da Unidade de Idiomas do Senac, o engenheiro civil Ricardo Souza diz que estudar Inglês sempre foi um sonho acalentado durante toda uma vida e nunca realizado antes. Ele começou a estudar o idioma após ter se aposentado, em dezembro de 2018, e conta que concluir o curso foi pura realização. “Ao me aposentar, imediatamente, pensei em estudar a língua inglesa. No primeiro momento de ‘folga’, lá estava eu inscrito no Senac, aos 65 anos. Contudo, a descoberta maior foi o ganho na qualidade de vida que veio junto com o aprendizado do idioma”.  

    A coordenadora pedagógica do segmento de Idiomas da Diretoria de Educação Profissional, Márcia Miranda, explica que estamos vivendo num mundo globalizado e o conhecimento de um idioma estrangeiro amplia a gama de possibilidades e oportunidades nas relações sociais e de trabalho. “Também aprendemos novas culturas e costumes, que possibilitam termos empatia em relação às realidades diferentes das nossa”, comenta.  

    Ricardo Souza concorda com Márcia, e afirma que todos os idiomas são importantes, mas a cada dia o inglês extrapola a comunicação técnica das áreas de engenharia e medicina e avança para se tornar a linguagem da globalização.  “A cabeça melhorou”, diz ele.  E descobrir que o estudo era um verdadeiro exercício para a memória, foi uma alegria e um bem que se somou a tantos outros durante o curso. “No corre corre do dia a dia, nunca sobrava tempo e o aprendizado do idioma sempre ia sendo vencido pelos compromissos do trabalho e outras prioridades familiares. Foi muito bom saber que estava ajudando a manter os neurônios conectados”.   

    Cristiane Prates destaca que é possível criar uma gama incrível de atividades desde as mais simples como a repetição, até a simulação de situações de difícil solução que exigem mais do que apenas o domínio do idioma.  “O processo de aprendizagem da língua estrangeira é lento e varia de pessoa para pessoa, independentemente, da idade. Há um certo mito em achar que uma criança ou um adolescente aprende melhor ou com mais facilidade que um adulto. Mas não é da noite para o dia, demanda dedicação e acompanhamento de profissionais capacitados”.   

    PróximoAnterior

    Accessibility Toolbar