Mário Sergio Cortella encerra XIV Congresso Internacional de Tecnologia na Educação

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    Mário Sergio Cortella encerra XIV Congresso Internacional de Tecnologia na Educação

    Uma plateia atenta de milhares de professores e educadores lotou o Teatro Guararapes para ouvir o filósofo e doutor em Educação, Mário Sérgio Cortella no último encontro do XIV Congresso Internacional de Tecnologia na Educação. A apresentação foi baseada no tema central do evento – Educação e Tecnologia na Era do Conhecimento – o mesmo da abertura, ministrada por Silvio Meira. “O tema do congresso foi escolhido pelos palestrantes para a abertura e o encerramento, permitindo aos participantes a ótica de um especialista em inovação e de um humanista sobre o mesmo assunto”, explicou o coordenador do congresso, Arnaldo Mendonça.

    Segundo Cortella, educação e tecnologia na Era do Conhecimento exigem paciência, humildade, coragem e inteligência. “Não se pode descartar tudo aquilo que nos ajuda a conhecer”. Professor desde os 20 anos, Cortella reforçou que as novas tecnologias não são excludentes. “Vocês talvez nem tenham percebido, mas estou aqui falando há mais de uma hora, sem slides ou outro recurso. Isso é uma aula expositiva. É uma coisa antiga, mas não velha”.

    O filósofo lembrou que, há anos, o livro era praticamente a única plataforma de ensino à distância. Hoje, o celular também cumpre essa função e deve ser trazido para dentro da sala de aula, mas com responsabilidade. “O adolescente de hoje voltou a ler e a escrever também por causa da tecnologia. Eles preferem diálogos online a falar ao telefone, se expressam em suas redes, e passaram a ler para escrever corretamente nesses meios”.

    Outra lição deixada por Cortella foi que, na área de educação, é preciso ser pequeno para poder crescer, não se pode achar que sabe tudo. Ter paciência é ter inteligência. “A partir do momento em que a tecnologia está tirando nossa paciência, ela está sendo nociva”. Coragem não é ausência de medo, mas sim, a capacidade de enfrentá-lo. E continuou alertando que a nova geração perdeu uma parcela da paciência por causa da tecnologia. “Vivenciamos hoje uma ansiedade desesperadora de viver o presente até o esgotamento”.

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