Planejamento financeiro pode minimizar riscos de inadimplência

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    Planejamento financeiro pode minimizar riscos de inadimplência

    Pesquisas apontam que população não costuma colocar os gastos na ponta do lápis e abusa no uso do cartão de crédito

    Diante de um cenário de desemprego e recessão econômica, os índices de brasileiros inadimplentes seguem aumentando. O último levantamento feito pelo Serasa Experian aponta que 61 milhões de pessoas estão endividadas no Brasil, o que representa 63% da população total. De acordo com a pesquisa, a segunda maior causa dessa inadimplência está ligada à falta de um planejamento financeiro pessoal (17% dos entrevistados), atrás apenas do desemprego (23%).

    O estudo cita, ainda, que 46,6% das pessoas que estão ativas no mercado possuem dívidas, e que 46 milhões dos inadimplentes recebem até dois salários mínimos por mês. “A fórmula clássica para a redução da inadimplência envolvendo a questão do planejamento financeiro está relacionada à equação da saúde financeira, onde é preciso gerar saldo positivo”, explica o professor do curso de Administração da Faculdade Senac Pernambuco, Sérgio Medeiros.

    Em Pernambuco, o Serasa Brasil fez um levantamento direcionado e concluiu que 27% dos consumidores pernambucanos possuem alto risco de endividar-se. Já uma pesquisa feita pela Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL Recife) identificou que o uso do cartão de crédito é responsável por 56% dos casos de inadimplência. De acordo com Sérgio Medeiros, isso é uma consequência da falta de planejamento.

    “Uma dica é anotar as receitas da família e registrar todos os gastos ocorridos, assim como os gastos futuros. Com este ‘fluxo de caixa’, fica mais fácil manter o controle dos débitos. Evitar o uso do cartão, determinar prioridades de despesas, cortar gastos desnecessários, pesquisar produtos mais baratos e adequar seu perfil de compra à sua remuneração são passos importantes para evitar a inadimplência”, diz o professor.

    O economista ressalta que essas estratégias de controle financeiro não significam viver sem consumo. “As ações de planejamento envolvem a consciência das pessoas e podem conduzir a um estilo de vida adequado, que, no futuro, permite o acesso a uma gama de bens de melhor qualidade, sem correr o risco de cair em dívidas”, encerra.

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