Amor e compreensão foram assuntos da palestra “Pedagogia do afeto” na manhã de hoje (22)

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    Amor e compreensão foram assuntos da palestra “Pedagogia do afeto” na manhã de hoje (22)

    O último dia do XV Congresso de Tecnologia na Educação começou com a palestra “Pedagogia do afeto”, ministrada pelo professor de psicologia da infância e da adolescência e psicologia da aprendizagem pela UFPE, Luiz Schetinni, no Teatro Guararapes. Com auditório lotado, o psicólogo abordou o tema como uma das soluções para o desenvolvimento pedagógico.

    Schetinni destacou a importância de entender as singularidades de cada aluno

    “Me parece que dificilmente os professores estão atentos ao fato de que cada aluno é intérprete da sua fala, da sua vida e do seu silêncio”, disse Schetinni ao falar sobre a necessidade dos professores entenderem que cada aluno é um ser singular e, por isso, necessita de tratamento específico. Dentro desse aspecto, é preciso que haja um vínculo afetivo entre professor e aluno, numa relação de cuidado e compreensão. “Aprende-se melhor quando há uma admiração por quem ensina”, pontuou.

    Pode haver problemas se profissionais extremamente competentes do ponto de vista pedagógico têm dificuldades de se aproximar afetivamente do aluno. Segundo ele, o professor não é simplesmente um “passador de informação”, pois a informação quando não vem acompanhada por uma formação, pode causar deformação. “Os professores aprendem metodologias, didáticas e os conteúdos, mas não se dá uma chance para o professor se preparar como pessoa para ser professor”, concluiu.

    Mônica Tavares e Maria José Duarte, que são professoras de ensino fundamental no município de Ipojuca, estavam presentes e voltam para casa com a bagagem cheia de experiências e uma nova visão sobre o lidar com seus alunos. “Foi muito enriquecedor, principalmente quando ele enfatizou que as pessoas foram feitas para ser amadas e não usadas; eu acho que, se a gente priorizasse o amor, as coisas seriam diferentes, porque, se você bota carinho no trabalho, sempre terá êxito”, disse Mônica. Maria José continuou: “achei muito boa a parte que ele disse que nós amamos, mas não demonstramos, porque, às vezes, nem procuramos saber como o aluno está, se está tudo bem em casa ou se ele tomou café da manhã, por exemplo”.

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