Gaudêncio Frigotto e princípio educativo do trabalho na abertura do Seminário

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    Gaudêncio Frigotto e princípio educativo do trabalho na abertura do Seminário

    Sob o tema “Trabalho, Educação e Emancipação Humana”, Gaudêncio Frigotto fez a palestra de abertura da primeira edição do Seminário de Educação Profissional Técnica e Tecnológica, na manhã do dia 20 de setembro, no teatro Beberibe, dentro da programação do XVI Congresso Internacional de Tecnologia na Educação (CITE). Numa apresentação que contou com mediação do diretor de Educação Profissional do Senac, Eliezio Silva, o profissional falou sobre educação, desemprego, princípio educativo do trabalho, teoria social da modernidade, sociedade escravocrata e  tecnologia.

    Citando números alarmantes do IBGE, como os cerca de 14 milhões de desempregados no Brasil, atualmente, e os 62,2 milhões de brasileiros adultos (acima dos 15 anos) que têm apenas o Ensino Fundamental completo, o doutor em Educação: História, Política e Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica (PUC – SP), destacou como a educação de base e a garantia de um emprego podem ser determinantes para a emancipação humana e a afirmação social das pessoas. “Se eu nego esse direito de produzir e de dar sentido a sua existência, estou matando socialmente essa pessoa. A negação do emprego não permite a emancipação humana”, disse.

    Para ele, a valorização do trabalho, da formação e de como o conhecimento deve ser um instrumento de transformação social, inicia-se na escola. “É o local onde crianças e jovens vão se apropriar do patrimônio social, intelectual e histórico da sociedade. A educação é algo, sem dúvida, fundamental para a formação da sociedade, mas quando alguém não é educado, desde criança, a ver o aspecto educativo do trabalho, vai ver a exploração com naturalidade. Devemos ter uma formação humana que busque superar a exploração, valorizar e reconhecer o trabalho socialmente útil desde a infância”, afirmou. Já sobre tecnologia, o palestrante disse: Ela é, ao mesmo tempo, possibilidade e bloqueio da emancipação, depende da condição social. Ela é propriedade, cada vez mais, de menos gente”.

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