XIV Congresso Internacional de Tecnologia na Educação aborda inclusão em palestras na sexta-feira (23)

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    XIV Congresso Internacional de Tecnologia na Educação aborda inclusão em palestras na sexta-feira (23)

    Na sexta-feira (23), o XIV Congresso Internacional de Tecnologia na Educação contou com duas palestras sobre inclusão nas escolas e na sociedade, ministradas pela professora Maria Teresa Mantoan, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). “Inclusão escolar e social e as tecnologias que possibilitam a acessibilidade comunicacional e física” e “Inclusão escolar: avanços e desafios”, foram os temas das apresentações.

    Mantoan abordou as questões que envolvem Desenho Universal (DU) e Tecnologia Assistiva (TA), sendo DU a concepção de espaços, artefatos e produtos que visam atender a todos e TA uma busca pela inclusão de pessoas com deficiência. Mas, as duas dizem respeito à assistência dada aos indivíduos. O que une o dois conceitos é a tentativa por garantir o direito à igualdade (quando a diferença inferioriza) e direito à diferença (quando a igualdade é descaracterizadora).  “Antes, o problema era a deficiência do indivíduo. Hoje, é romper as barreiras do ambiente”, afirmou.

    A professora também falou sobre como a tecnologia pode auxiliar para que haja interação e aprendizado independente das condições físicas do estudante. Por exemplo, o fato do problema de um aluno ser resolvido por uma TA, não limita a solução apenas a ele, mas pode atingir a outros com e sem deficiência (como versões de livros em áudio, legendas, imagens, etc). “Nós, professores, damos aulas para pessoas e não para “alunos com deficiência” ou “alunos sem deficiência””, destacou.

    Nilma Gonçalves, pedagoga formada pela Universidade de Pernambuco (UPE) e pós-graduada em Educação Especial, esteve na palestra e vê como fundamental que os profissionais envolvidos com educação estejam aptos para lidar com a inclusão. “Essa questão de inclusão só vai melhorar quando se tornar uma missão de todos dentro da escola, desde os porteiros até os diretores”. Ao ser questionada sobre as dificuldades que enfrenta, enquanto pessoa com deficiência, ela destacou: “Eu me formei na graduação, fiz duas pós, estou estudando para o mestrado e ainda enfrento desafios diários; só que esses desafios vêm para todos e não apenas para mim porque tenho deficiência. A diferença é a forma como as pessoas enxergam esses desafios”, disse.

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