XIX CITE: segundo dia destaca Inteligência Artificial e educação antirracista

    PróximoAnterior

    XIX CITE: segundo dia destaca Inteligência Artificial e educação antirracista

    Evento segue com vasta programação nas cidades de Recife, Caruaru e Petrolina

    O segundo dia do XIX Congresso Internacional de Tecnologia na Educação (CITE) contou com uma série de palestras e oficinas nas três cidades que estão recebendo o evento – Recife, Caruaru e Petrolina -, além de programação remota. Temáticas como inteligência artificial, design da experiência e educação antirracista foram alguns dos tópicos abordados nesta quinta-feira (21). O congresso é uma realização do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac Pernambuco, com apoio do Senac e do Sesc Nacional, do Sebrae Pernambuco, do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
    No Recife, uma das palestras de destaque foi a do pedagogo espanhol Miguel Zabalza. Ele falou sobre os “Aspectos Fundamentais para uma Educação de Qualidade”. Em sua apresentação, ele trouxe para o público uma visão humanizada da escola, como ferramenta de apropriação e vivência dos alunos e professores, com maior foco no convívio e troca de conhecimento mútuo, do que na padronização de uma escola focada em apenas repassar o conteúdo da sua grade curricular.
    “Uma escola ou uma universidade é um lugar onde os professores vão ensinar e os estudantes vão aprender. Então é como se isso já definisse que uma escola é um lugar muito funcional, onde a nossa tarefa é apenas ensinar e a tarefa dos estudantes é apenas aprender. Porém, essa mentalidade é muito insuficiente. Por isso, quando falamos de educação de qualidade, não falamos da qualidade das escolas, e sim na qualidade de vida”, frisou.
    Ainda no Recife, a professora do curso de Design de Moda da Faculdade Senac, Samantha Pimentel, ministrou a palestra “Design da Experiência: A Personalização Da Aprendizagem Para O Conhecimento Coletivo”. Já a educadora e neurocientista Viviane Louro abordou o tema “O Educador é um Escultor de Cérebros: A Neuroeducação como Ferramenta de Ensino”. A palestra tratou de temas como autismo, cognição e comportamento humano.
    Em Caruaru, o segundo dia do XIX CITE também contou com uma série de palestras. A professora, escritora e empresária Barbara Carine foi um dos destaques da programação. Ela falou sobre a importância de educadores antirracistas para abrir portas para a diversidade e sobre os desafios enfrentados pelos negros no caminho da educação e formação. “Eu não tinha como me ver médica aos 15 anos porque conheci uma médica negra aos 29 anos. Quem não se vê não pensa em estar no lugar”, destacou.
    Já em Petrolina, o debate ficou por conta da Inteligência Artificial e seu uso na educação. Os palestrantes Auxiliadora Padilha, pedagoga com mestrado e doutorado em Educação e o professor doutor Marcello Mello, mestre em Ciências da Computação e doutor em Educação Tecnológica, apresentaram a evolução dessa ferramenta e como utilizá-la. “A gente precisa saber e aprender a tirar proveitos dessas ferramentas”, afirmou Marcello ao citar o famoso Chat-GPT.
    Outro destaque do segundo dia do congresso foi o lançamento do livro “Cartografias da Educação Profissional – Efeito Docente e Horizontes da Democracia”, do gerente Educacional do Senac Minas Gerais, Murillo Alencar. A obra é fruto de uma pesquisa de três anos e meio que investigou as variáveis que influenciam a qualidade da educação profissional. No livro, Murilo questiona o impacto direto da formação e escolaridade dos professores na educação, e defende que é preciso analisar o contexto em que eles atuam, considerando as condições oferecidas para o exercício da docência.

    PróximoAnterior

    Accessibility Toolbar