Luiz Schettini empolga com Pedagogia da Convivência

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    Luiz Schettini empolga com Pedagogia da Convivência

    Psicólogo, teólogo, professor e escritor, Luiz Schettini Filho arrancou risos e aplausos da plateia do XIV Congresso Internacional de Tecnologia na Educação. A palestra sobre a Pedagogia da Convivência trouxe contribuições que vão para além da sala de aula, podendo ser levadas também para a vida pessoal.

    Convivência é a construção de vínculos afetivos. “Aprende-se melhor quando se admira quem ensina. E essa admiração pode ser no lado pessoal, não necessariamente no aspecto técnico do professor”, explica.

    Schettini falou sobre amar e manifestar o amor, o que se torna insuficiente se o outro não perceber esse amor na prática. “Tanto em casa como na escola, se não amarmos as pessoas, não podemos conviver bem com elas”. E, segundo ele, é possível amar sem gostar de algumas coisas que o outro faz. É onde entra a paciência, que “precisa ser infinita, principalmente na sala de aula. Paciência que tem limites não é paciência”. Como fazer isso na prática? Ele diz que se colocar no lugar do outro é a saída, lembrando que cada um tem seu tempo, seu ritmo. “Isso é convivência”, resume.

    O psicólogo defende que o grande patrimônio das pessoas é justamente a singularidade. Pais e professores esquecem que filhos e alunos são pessoas e as diferenças não devem ser vistas como defeito. Alguns alunos deixam de aprender, às vezes, pelo ritmo, desinteresse, dificuldade pessoal e isso deve ser levado em conta pelo educador. “Não existem pessoas incorrigíveis. Existem as incorrigidas”, afirma, ressaltando não gostar da metodologia que separa alunos com melhor desempenho em turmas específicas, visando melhores resultados no vestibular.

    Uma advertência feita foi sobre os pequenos problemas na convivência: deixar pra lá não é o melhor caminho. “É preciso falar, resolver para que as coisas não se acumulem. A comunicação deve ser verbal entre pessoas que convivem no mesmo ambiente. Uma palavra inadequada no significado e na entonação pode causar distanciamento ou proximidade, enquanto o afeto pode reordenar uma vida e levá-la a uma trajetória positiva”, reflete.

     

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