Brincar é uma excelente ferramenta para a aprendizagem

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    Brincar é uma excelente ferramenta para a aprendizagem

    “Quer conhecer um indivíduo, coloque-o para jogar”, foi citando Platão que Tiago Aquino iniciou a oficina “A Pedagogia do Brincar”, na tarde de hoje (22/09), durante o XIV Congresso Internacional de Tecnologia na Educação, no Centro de Convenções de Pernambuco. Com formação em Pedagogia, Educação Física e Teatro, Tiago é autor de 18 livros e cinco e-books,  consultor de diversas empresas sobre atividades com crianças, e ainda assume a personalidade do Palhaço Paçoca.

    Para Tiago, a ludicidade aumenta perceptivelmente a apreensão dos conteúdos pelos estudantes, mas os jogos precisam apresentar relação de conectividade entre seus elementos e o objetivo pretendido.

    Os jogos, de acordo com suas características principais, são divididos em oito tipos. Para as crianças de três a seis anos, são mais apropriados os físicos (pega-pega, pique-esconde), os artísticos (contação de história, teatro de fantoches) e os manuais (pintura, massinha). Dos sete aos 12 anos, os jogos mais indicados são os físicos, sociais (brincar no parque, dançar) e os intelectuais (tabuleiro, quebra-cabeça). Para os adolescentes, os tipos sugeridos são social, virtual e regional. Já os adultos, têm preferência pelos sociais, regionais e os virtuais. No grupo dos idosos, os jogos mais indicados são os físicos, manuais e regionais.

    Segundo ele, os jogos virtuais podem ser uma excelente ferramenta no aprendizado. Porém, seu uso deve ser limitado a 30 minutos/uma hora por dia. “Percebo que crianças que utilizam a tecnologia conseguem relacionar coisas muito melhor do que aquelas que não utilizam. Mas é importante o limite de tempo, porque, se não, a criança começa a achar que o mundo virtual é melhor do que o real e passa a se esconder atrás do avatar”.

    Tiago também foi enfático ao afirmar que os educadores não podem flexibilizar ou quebrar as regras dos jogos. “As regras existem para uniformizar a participação de todos”. Perguntado se um aluno que sempre perde não pode ter sua autoestima abalada, ele concordou. Porém, afirmou que isso só ocorre se o educador não realizar uma boa programação dos jogos que oferece, porque uma criança que não se destaca nos jogos físicos pode ser excelente nos intelectuais. Dessa forma,  é muito importante oferecer um “cardápio” diversificado.

    Outra barreira encontrada pelo educador que opta pela Pedagogia do Brincar é explicar que a atividade lúdica não é uma “enrolação”, uma vez que os pais não entendem as contribuições cognitivas, motoras, sociais e afetivas da atividade. Para isso, ele relatou que em uma das escolas em que trabalhou era enviado um jornal mensal de Brincadeiras e Jogos, que explicava as atividades realizadas no período e seus benefícios.

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